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sábado, 23 de julho de 2016

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Quando as máquinas passam a ter opinião
03/12/2015 • Posted under: Futuro by Renato Cruz


 No Projeto Primordial, a Autodesk desenvolveu um chassi carro a partir de informações capturadas por sensores

LAS VEGAS
A combinação de sensores, conectividade e aprendizado de máquina fará com que objetos passe a ter uma história única e uma visão de mundo. Será como se estivessem vivos, apesar de essa “vida” ser bem diferente do que conhecemos por vida em seres biológicos.

Pense, por exemplo, num carro. Os automóveis de hoje têm sistemas rudimentares de inteligência. Eles conseguem registrar informações sobre seu uso, que podem ser acessadas pelo mecânico, e dão avisos básicos para o motorista. Mas imagine se os carros tivessem muito mais sensores, conseguissem reconhecer o motorista e aprender com a própria experiência.

“Quando isso acontecer, as máquinas passarão a ter opinião”, afirma Mickey McManus, pesquisador da Autodesk e coautor do livro Trillions, sobre internet das coisas. O carro pode dar sugestões sobre maneira de dirigir do motorista, e pode se adaptar a ela. Ao aprender com a experiência, com o passar do tempo, cada máquina vai se tornar única, apesar de ter saído de fábrica igual a tantas outras.

 O pesquisador Mickey McManus, da Autodesk, fala sobre máquinas com opiniões

Durante o evento Autodesk University 2015, em Las Vegas, McManus apresentou o Projeto Primordial, criado em parceria com a Bandito Brothers, que desenvolvem carros especiais para apresentações, filmes e publicidade. Por exemplo, eles criaram um carro real que se parece com um Hot Wheels, e conseguiram estabelecer um novo recorde mundial ao saltar 98 metros com esse carro.

Design generativo
No Projeto Primordial, a Bandito Brothers criou um protótipo do carro que queriam desenvolver, com centenas de sensores (que captam inclusive os sinais vitais do motorista), e o levaram para um teste no deserto de Mojave, na Califórnia.

Um passeio de algumas horas com o carro gera bilhões de pontos de dados. Os dados gerados pelos testes foram usados para alimentar o software Dreamcatcher, da Autodesk, que usa a técnica de design generativo, para criar um chassi.

“Por muito tempo, o software foi usado para dar forma ao que o engenheiro ou designer imaginava”, afirma Jeff Kowalski, diretor de tecnologia da Autodesk. “Com o design generativo, quem usa o software define objetivos e limitações do objeto a ser criado, e o sistema gera todas as alternativas possíveis de design.”

A partir dessas alternativas, o responsável pelo projeto pode escolher as melhores segundo critérios como peso, resistência e uso de material, e até mandar o software criar uma nova geração de opções, a partir dessa seleção. “Com isso, é possível chegar mais próximo da melhor solução, o que não seria possível pelo trabalho do ser humano sozinho ou do computador sozinho.”

O volume de dados gerado pelo Projeto Primordial foi tão grande que não existiam ferramentas adequadas para analisar todo ele. Mesmo assim, foi possível criar um chassi adequado ao que a equipe da Bandito Brothers queria fazer. A forma do chassi é contraintuitiva, e reflete os pontos que precisam ser reforçados numa situação de uso real do veículo.

Segundo McManus, a ideia é que as informações geradas pelo uso de cada automóvel volte a alimentar a equipe de projetos e até a manufatura, para que possam ser criados carros melhores a partir de problemas que podem aparecer no dia a dia. E esse ciclo de realimentação poderia ser aplicado a todo tipo de produto.

Kowalski afirma que vivemos numa época diferente da primeira revolução industrial, em que pessoas perdiam empregos por causa da adoção de máquinas. “Seu emprego não está ameaçado pelos robôs, mas por pessoas que saibam trabalhar melhor com robôs”, afirma.

Num mundo em que as máquinas percebem o ambiente, reconhecem as pessoas e lembram do que aconteceu, que opinião seu carro teria sobre você?

Inova.jor 
http://www.inova.jor.br/2015/12/03/quando-as-maquinas-passam-a-ter-opiniao/

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